sábado, 6 de março de 2010

A Liberdade de Dourado

Eu nunca gostei de BBB, aliás, é um programa esdrúxulo, com pessoas que conseguem ser ainda mais esdrúxulas.

Mesmo não assistindo, estou a par de tudo o que ocorre na casa, pois sigo a Folha de São Paulo no twitter e sempre aparece notícias de todos os estilos.

Na quinta-feira da semana passada me chamou a atenção uma notícia sobre um possível inquérito que a Globo teria que responder por conta de algumas afirmações homofóbicas feitas por Dourado durante o programa[1].

Sinceramente não suporto essa pseudo-santidade nas pessoas, essa hiprocrisia ao se chocar com uma frase do Dourado como se nós também não tivéssemos nossos preconceitos.

Se o Serginho - outro participante do BBB10 - falar algo sobre heterossexuais, duvido que apareça um processo na casa dele. Não existe essa balela de direitos iguais. As minorias sempre tem mais direitos, o que é uma tremenda injustiça.

Se aparece uma pessoa negra usando uma blusa com os dizeres "raça negra" ou "100% negro", não tem problema nenhum. Agora coloca um branco fazendo isso que todo mundo começa a chamar de nazista.

Um homossexual fazer passeata é uma forma de se expressar, já um heterossexual é uma afronta. Orgulho gay, pode. Orgulho hétero, não. Qualquer palavrinha que usamos pode nos fazer ser processados por danos morais.

São essas liberdades parciais que me revoltam, me frustram. Alguns grupos podem se expressar, outros, não. Que tipo de liberdade é essa, que só serve pra uma parte da população?

Na aula de Legislação meu professor estava falando sobre danos morais. Pois bem, danos morais, pra mim, pode se resumir em uma única palavra: frescura. Quem processa uma pessoa por danos morais tem mais é que ir pra um psicólogo. É muito complexo de inferioridade pro meu gosto.

Não assisto BBB, não gosto. Mas, a partir de hoje, torço pelo Dourado. Até o fim.

[1] http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u702091.shtml

2 comentários:

  1. Hey, Sara, tu conhece um cara chamado Walter Block? Ele vai estar no Seminário de Economia Austríaca e tem um livro muito afudê chamado "Defending the Undefendable" (http://mises.org/books/defending.pdf). Dá uma olhada no capítulo 3 (Free Speech), parte 7 (THE SLANDERER AND LIBELER), onde ele apresenta a tese de que ninguém é dono da sua reputação, e portanto não é legítimo pedir reparações por danos a ela.

    Aliás, tem uma pequena resenha dele no meu blog, tb: http://panfletoliberal.blogspot.com/2007/12/defendendo-o-indefensvel.html

    Bjo!

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  2. Concordo plenamente Sara!
    Quero ainda ressaltar a questão do MST. Começou como "uma minoria injustiçada" e hoje é um grupo de pessoas muito bem organizadas que trabalha para que nunca seja dada terra aos que realmente tinham direitos a ela.

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