segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Deus, eu Te amo! - Parte I

A vida humana é tão frágil e nós sempre nos achamos tão imponentes. É interessante como podemos ser tão soberbos e nos acharmos tão poderosos, quando somos realmente tão frágeis e sem controle algum sobre nossa vida.

Na semana que mamãe esteve aqui comigo, passei por duas situações que nunca tinha visto. A primeira foi quando voltava da Castelli com duas amigas minhas. Enquanto conversávamos, duas gurias, também alunas da Castelli, iam atravessar a rua (uma esquina) e uma delas quase foi atropelada por uma senhora que, sem reação, carregou a menina enquanto dobrava a esquina e só foi parar o carro depois de alguns segundos. A sorte (pra quem acredita nisso; eu, não) foi que a menina ficou se segurando no carro e andando pra trás pra que ele não passasse por cima dela.

Quando o carro parou, fomos pegá-la no meio da rua, ela ainda estava em pé, tremendo e completamente nervosa. A senhora desceu do carro ainda perdida, ofereceu carona para levá-la ao médico e pediu pra deixar o número dela. Felizmente não houve nenhum problema, só o terno da Castelli que ficou abarrotado.

A outra situação que presenciei foi quando ia pra Castelli no período da tarde. Passando em frente à Gisele, como de costume, um senhor estava caído na calçada, tinham duas pessoas ajudando, outra ligando pra ambulância e um menino chorando chamando pelo avô, que era o homem no chão. O senhor não conseguia respirar direito e tava se tremendo todo.

Nunca sabemos como vai ser o decorrer do nosso dia. A gente sempre parece tão auto-suficiente, tão cheio de poder, mas basta um tropeço, uma falta de atenção ao atravessar a rua, uma simples mudança de trajeto, para fazer com que toda a nossa vida mude de uma hora para outra.

Por isso temos que agradecer a Deus todos os dias pela nossa vida e por acordarmos todos os dias, por mais uma oportunidade que Ele nos deu para recomeçar, para abraçar, rir, pedir desculpas, aproveitar os amigos e a família, conhecer novas pessoas e, acima de tudo, dizer aos que realmente amamos o quanto eles são amados por nós.

Não deixe de dizer às pessoas que você as ama. Amanhã pode ser muito tarde. E não esqueçamos, claro, de dizer a Deus o quanto nós O amamos. Quantas vezes eu oro e nunca verbalizo o meu amor por Ele? Nunca tinha parado pra pensar a respeito, até passar por essas duas situações.

Deus sabe tudo, mas não significa que não queira ouvir da nossa boca o quanto Ele é importante para nós.

domingo, 5 de setembro de 2010

Como é bom ter companhia!

Ontem mamãe voltou pra Fortaleza. Ela veio passar uma semana comigo aqui em Canela pra aproveitar o último semestre que tenho no Brasil antes de estagiar na França (isso se não me negarem o visto, claro hehe).

Engraçado que por mais tempo que já tenha morado longe dos meus pais, por mais independente (em certos aspectos) que tenha me tornado, por mais que tenha aprendido a viver sozinha e não sinta tanta saudade quanto antes, basta um dia, um único dia, pra ver que uma boa parte de tudo o que pensava está completamente errado.

Consigo resolver meus problemas, já não preciso mais dos meus pais ligando de Fortaleza pra Canela pra solucionar as besteiras que me afligem; aprendi a preencher meu dia e não ficar entediada; faço meu livro-caixa do jeitinho que papi me ensinou quando ainda era uma pirralha que precisava da mamãe cantando pra dormir e deixo a casa o mais vazio possível pra não me dar trabalho quando tiver que limpar do jeito prático que minha mãe me ensinou. A faxineira faz o trabalho "sujo" depois. Eu só inicio. =P

Mas se tem uma coisa que não aprendi foi a viver sozinha. Aprender a lidar com a saudade, isso eu aprendi. Mas a viver sozinha? Não. E fico muito feliz com isso. O ser humano não nasceu para viver sozinho, se assim o fosse, Adão não se sentiria só e Deus não teria criado Eva.

Claro que precisamos de nossos momentos sem ninguém por perto para descansar um pouco, colocar os pensamentos em ordem, mas isso não é bom quando deixam de ser apenas momentos.

Por mais frio, indiferente ou solitário que fiquemos, precisamos de apenas um dia com pessoas que nos fazem bem para vermos como é infinitamente melhor ter gente por perto, compartilhando o dia, as felicidades, as inquietações, as conquistas, a raiva ou qualquer outro momento, quer seja bom ou ruim, relevante ou não.

Claro que existem também os pontos negativos, mas se tabularmos e compararmos os pontos positivos e negativos, vai ser visível a superabundância dos pontos positivos comparados aos dos negativos.

Com outra pessoa morando conosco, até a refeição fica melhor. Fazia séculos que não tomava café-da-manhã antes de ir pra Castelli, porque o melhor de preparar uma refeição é ter alguém pra dividir a mesa e a conversa. Se for pra comer por comer, pego qualquer besteira na padaria e levo pra casa.

Anyways, mami foi embora ontem e o aniversário dela é hoje. Agora ela tá compartilhando um café-da-manhã delicioso com papai e vovó enquanto coloca toda a conversa em dia.


Obrigada por ter feito companhia pra filhota aqui durante todos esses dias, mami, e por me fazer lembrar que não sei (e muito menos quero) viver sozinha, por mais independente que eu fique.

Você é a melhor mãe do mundo e, de longe, a minha melhor amiga!