sábado, 31 de julho de 2010

Homem Machista é Pra Casar!

A Super Interessante mostrou uma pesquisa realizada por duas americanas que disseram que homens machistas eram maridos melhores. Quando eu vi o título, sinceramente, não me surpreendi.

A pesquisa foi feita com 102 homens e o estudo é apenas preliminar. De acordo com a revista, a pesquisa considerou machista o homem que considera a mulher apenas um ser mais frágil, que precisa de maiores cuidados e proteção.

Se isso é ser machista, é justamente esse tipo de homem que prefiro! Se for pra ficar com um alguém que não me deixe segura e nem me dê proteção, é melhor ficar sozinha mesmo.

domingo, 25 de julho de 2010

Sabrina e traições

Eu desisto de assistir a alguns filmes só pela capa, com outros apenas me desanimo, mas, ainda assim, assisto. Sempre fui fã de carteirinha do Harrison Ford e vi que papai tinha comprado mais um DVD onde ele era um dos protagonistas: Sabrina.

A capa não me animou muito, mas como era com o Harrison, perguntei aos meus pais se eles gostavam do filme. Mamãe prontamente disse que sim, papai foi dizendo que era pra toda a família, excelente. O filme, pelo visto, era daqueles romances com alguma comédia, meio água com açúcar, no estilo que eu não gosto.

Filme romântico com veia humorística dificilmente é bom, até porque quase nunca o que era pra ser engraçado realmente é. O roteirista e o diretor do filme tem que ser muito bons pra conseguir misturar romance e comédia. Isso, claro, é a opinião de quem não entende bulhufas de cinema e que adora palpitar sem saber de nada pelo simples prazer de fazê-lo.

O que estragou o filme, pra mim, foi no início – na verdade, a cena foi mais ou menos no início, mas não bem no início; foi depois do início e antes do meio – quando Sabrina volta de uma temporada na França. Antes disso, ela morava na mansão de uma família rica (óbvio que era rica, já que a família tinha uma mansão), porque era a filha do choffeur. A família era composta pela mãe e pelos dois filhos. O pai era falecido. Sabrina era apaixonada por David, filho mais novo que, como sempre tem que ter uma ovelha negra, apesar de inteligente, era um mulherengo que nunca aparecia pra trabalhar, levava a vida a jogar tênis, ter encontros de dois dias com quem quer que fosse e ganhar uma mesadinha nada insignificante da empresa da família, onde ele tinha um escritório que nem sequer sabia mais onde ficava. Já o Linus, o irmão mais velho, era justamente o contrário. O workaholic em pessoa.

Anyways, a mãe desses dois conseguiu um emprego pra Sabrina na França e ela resolveu ir. Os funcionários da casa, incluindo seu pai, achavam que essa seria uma forma dela esquecer David, que foi seu amor platônico por todos esses anos. Com o passar do tempo, Sabrina foi começando a esquecê-lo, até ficar sabendo de seu noivado com uma médica pediatra, filha de um rico empresário que iria fechar acordo com a empresa dos Larabee.

Alors, quando Sabrina voltou de Paris, ela era uma mulher completamente diferente. Voltou mais bonita e jeitosa, além de um cabelo curto e bem mais bonito. Quando David a viu, logo se apaixonou e convidou-a para mais uma das várias festas que a família estava organizando, dessa vez para comemorar o aniversário da mãe. Sabrina, sem pensar duas vezes, aceitou. Na festa de aniversário estavam presentes os futuros sogros de David. A noiva estava viajando e não pode comparecer.

Sabrina foi muito bem arrumada para o aniversário, onde se encontrou com David, conversou e dançou com ele de forma que se eu fosse a noiva dele e presenciasse a cena, faria com que o pouco cabelo que restou de Sabrina após seu corte na França fosse resumido a nada.

Como David sempre fazia com suas presas (e Sabrina sabia muito bem disso, já que vivia espionando cada respirar dele), pediu para que a moça o encontrasse no Solarium. Enquanto isso, ele pegaria uma garrafa de champagne, duas taças – que seriam colocadas no seu bolso traseiro – e pediria para a orquestra tocar uma música cujo nome não me recordo.

O que mais me revoltou nessa parte do filme foi não apenas Sabrina saber que esse convite não a faria mais ou menos especial do que qualquer outra garota que ele tenha convidado ao solarium, mas ver que ela concordou em ir até lá, tendo consciência da desoriginalidade da cantada e, principalmente, sabendo do noivado de David.

Além disso, o que é também ridículo, é que ela só não se igualou a uma qualquer pelo simples fato de David, estúpido como naturalmente deveria ser, ter sentado com as duas taças no seu traseiro durante um rápido bate-papo entre ele, Linus e a mãe, sobre o seu comportamento com Sabrina, impedindo seu comparecimento ao solarium.

Mas a gota d’água para a minha indignação, na verdade, não foi o filme, apesar de ter alugado os ouvidos da minha mãe pra expressar toda a minha revolta, mas ter lido na revista Contigo!, enquanto fazia minhas unhas, que Cássio Reis e Danielle Winits tinham se separado e o pivô foi Jônatas Faro, de 22 anos, um pirralho que mal deixou de usar fralda. Após alguns anos de casados e o nascimento de um filho, a união acabou por causa de um menino mais de uma década mais novo que a mulher.

Pra tudo há perdão, mas a mágoa sempre fica. E se tem uma coisa que eu não consigo admitir é traição. Além de ser de uma frieza muito grande por parte de quem trai, é muita falta de caráter e uma covardia tremenda agir pelas costas, escondido. É vergonhoso saber que alguém prometeu no altar amar alguém até que a morte os separasse, fazer votos e mais votos de felicidade, pra depois tomar uma atitude dessas. Ora, pra quê se casa, então? É melhor ficar solteiro, se for pra ser assim.

Claro que as pessoas podem se enganar e perceber depois que o casamento foi um engano, o que, para mim, não é justificativa para um divórcio, porque muito, mas muito dificilmente alguém casa enganado, mas se for pra trair, que seja ao menos sincero com o cônjuge e caia fora do relacionamento antes de agir dessa forma ou então, ao expor suas fraquezas, tente melhorar a relação. Ninguém é tão desimportante a ponto de merecer ser tratado de forma tão desumana e cruel.

Não gostei de Sabrina. Assim como nunca gostei de “O Encantador de Cavalos”. São dois filmes que passo longe quando busco algum dos DVDs do papai para passar o tempo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Magia do Sorriso

Se eu tivesse que citar um hormônio que me fascina, que eu gostaria que vivesse sendo liberado por todo o meu corpo, esse hormônio seria a endorfina. Ela não apenas melhora a capacidade de memorização e o sistema imunológico, como também aumenta a resistência física e mental do ser humano. Além dessas funções, ela também possui outras igualmente interessantes, mas a que eu mais gosto é a de melhorar nosso estado de espírito.

A primeira vez que li sobre a endorfina foi em uma revista de esportes, o que me fez compreender o porquê de me sentir tão feliz sempre que corria, velejava, pedalava ou praticava algum outro exercício físico que me agradasse. A liberação de endorfina, no entanto, ocorre sempre que temos a sensação de prazer. Um brigadeiro, um pedaço de bolo ou torta são capazes de fazer com que liberemos esse hormônio tão necessário ao nosso corpo.

Agora, se você me perguntar qual a melhor forma de liberar endorfina, eu digo que é por meio do sorriso. Sempre achei impressionante como podemos modificar o dia inteiro de uma pessoa através do nosso sorriso e nem sequer tomamos conhecimento disso.

Toda manhã, quando vou à Castelli, é sagrado cruzar o caminho com uma guria bem em frente ao Empório. Ela é bem nova e sei que ainda está na escola. Pelo caminho que ela faz, deve estudar no Marista ou no Danton. Anyways, depois de uns dias passando uma pela outra todas as manhãs, começamos a sorrir uma para outra. Estranho, mas eu ficava com o sorriso até umas duas quadras, pelo menos. Com umas semanas, já passávamos uma pela outra e falávamos “Oi! Tudo?*”. O sorriso, a partir dessa época, já era ainda mais escancarado.

O motivo para estar falando isso? Lembro muito bem de quando ia a pé pra Castelli e não via essa menina. Eu ia normal, nem triste, nem feliz. Indiferente. Agora que a vejo sempre, que tenho a oportunidade de dar um sorriso sincero para alguém que nem sei o nome, mas que me faz um bem enorme, e tenho a chance de receber um sorriso lindo, sincero e aberto em troca, meu dia fica ainda melhor do que o que sempre foi.

Liberar endorfina correndo é bom, mas exige esforço físico; comendo brigadeiro também é uma ótima forma, mas a sensação de prazer acaba logo e temos que comprar outro, já que não nos contentamos apenas com um – e dá-lhe calorias extras e desnecessárias.

Não existe forma melhor de se produzir endorfina do que através do sorriso, algo tão puro e sincero, que dá uma sensação de prazer enorme e constante, além de melhorar o estado de espírito não só da pessoa que o dá, mas também o da pessoa que o recebe.

Antes de tudo, pense em você e em como um simples sorriso pode melhorar todo o seu corpo. Depois veja que você, ao pensar em si mesmo, acaba ajudando outras pessoas a experimentarem a mesma sensação de prazer, afinal, ninguém sorri pras paredes.

*Aqui em Canela (não sei se em todo o estado do Rio Grande do Sul), as pessoas não costumam perguntar “tudo bem?”, apenas “tudo?”.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Conversas avec Thai: amor, baladas e solteirice.

Ontem fui com Thai comer no Empório. Aproveitamos que estava um calor danado em Canela – sim, é inverno e a cidade é um gelo, mas sempre surge um diazinho quente pra dar uma amenizada – e saímos para pegar um solzinho, conversar e engordar com as gostosuras do Empório.

Adoro sair pra comer com minhas amigas, não só pelos locais super agradáveis que vamos, tampouco apenas pela comida deliciosa, mas também por todos os assuntos que surgem enquanto esperamos nossos pedidos e, mais tarde, enquanto os devoramos.

Comentávamos sobre uma amiga minha e da minha família, lá de Fortaleza, que já tem um pouco mais de 50 anos. Ela é bem resolvida, trabalha, é inteligente e competente, só meio baladeira. No início do ano ela namorava um homem da mesma idade, mais ou menos. Não sei por qual motivo, mas agora ela está solteira e, aparentemente, não muito feliz.

Eu e Thai temos muitos pensamentos em comum, talvez seja pela forma como fomos criadas ou pela simples personalidade e características parecidas. Por causa dessa senhora, acabamos falando sobre nossas vidas e sobre o receio que muitas pessoas tem em assumir um compromisso.

Muitas vezes encontramos solteirões de 30 e poucos anos, metidos a adolescentes, saindo pra farra, tendo mil e um casos, mas nada de namoro sério. Quando o tempo vai passando, as rugas vão aparecendo e o número de pessoas que se interessavam por eles vai diminuindo, começam a pensar em casar, mas para encontrar alguém nessa idade já fica mais complicado.

Claro que uma pessoa não precisa ser casada para ser feliz. De fato, existem muitos casados que não o são, mas por pura questão de não saber lidar com as diferenças ou por ter casado sem amor, que é uma das bases para qualquer relacionamento duradouro. Entretanto, duvido muito que pessoas nos seus 30, 40 e poucos anos, que vão pra farra e são chamados de tios pelos mais novos, mesmo com o sorriso estampado no rosto graças ao álcool, permaneçam felizes até chegar em casa, abrir a porta e não ter ninguém para recebê-lo com um abraço carinhoso e perguntando como passou o dia.

Todo mundo diz que quer curtir a vida primeiro e depois pensar em casar, como se não houvesse vida depois disso. O problema é que muitas vezes, com um pensamento assim, acabamos deixando de lado a oportunidade de ser feliz pra sempre com uma única pessoa para sermos felizes em alguns rápidos momentos com pessoas que não nos significaram nada, apenas um prazer passageiro.

Ontem descobri mais uma coisa que eu e Thai temos em comum: não abrirmos mão de um amor eterno por uma paixão efêmera e insignificante.