sábado, 30 de agosto de 2008

Mais um Ato Tirano do Estado

Mais uma vez nossa liberdade - a pouca que temos - foi apunhalada por uma atitude ditatorial do Estado. Ainda não satisfeito com o fato de nós, cidadãos, termos que pagá-lo para usar nossa própria propriedade, agora quer, também, decidir o que podemos ou não fazer dentro dela.
Serra já assinou, na quinta-feira, a lei que proibirá fumar em propriedades públicas ou privadas.

Ora, se a propriedade é minha, eu faço nela o que eu bem entender. A propriedade privada era para ser o maior exemplo de liberdade de um indivíduo. Se eu decido fumar, bem. Se quero beber, ótimo. Se decido passar o dia fumando maconha, o problema é somente meu, de mais ninguém. Afinal, a propriedade é minha. Eu paguei por ela.

Não apenas a propriedade privada será seriamente danada com essa lei que poderá entrar em vigor, mas também foi altamente prejudicada a liberdade individual de cada um de nós, pois não podemos mais exercer mais o livre arbítrio com o nosso próprio corpo. Vale salientar que nosso corpo é propriedade nossa.

Se todo esse esforço do Estado em abolir o uso de cigarros em praticamente todos os lugares foi pensando na saúde dos cidadãos, devemos ter cuidado, pois daqui a pouco, na melhor das hipóteses, haverá leis proibindo que tomemos refrigerante, comamos batatas fritas e compremos pizza altamente oleosa com aquele cheirinho irresistível. Na pior delas, seremos proibidos de tornarmos obesos, porque obesidade faz mal à saúde; tampouco poderemos usar impressoras a laser, porque de acordo com um estudo feito pela Queensland University, da Austrália, elas fazem tanto mal quanto o cigarro, por possuírem substâncias cancerígenas que trariam problemas respiratórios ao alojarem-se nos pulmões; assim como também nós, mulheres, não poderíamos usar mais calcinhas, principalmente as de materiais sintéticos ou forros grossos, já que impedem a ventilação no local, aquecendo-o.

Mas tudo bem. Eu sou grata ao Estado. Não sei cuidar da minha vida, não tenho inteligência nem maturidade suficiente para isso.
Obrigada, Estado, muito obrigada. Por que quero liberdade quando tenho a você?