sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Hospital 5 estrelas ou de 5ª categoria?

Fui ontem a uma consulta médica com minha mãe no melhor hospital do Ceará. Supostamente.

A consulta estava marcada pras 14h20. Deu 14h30 e não fomos chamadas. Olhei pro relógio novamente: 14h45. Confesso que não sou uma pessoa muito paciente, o que me fez ir à atendente perguntar o porquê do atraso e que horas seríamos atendidas.

A atendente, com a maior cara lavada, explicou que a outra garota que trabalha com a médica marcou as consultas de cinco em cinco minutos. Não acreditei quando ouvi isso. Ou essa menina achava que a médica era muito ninja pra conseguir consultar alguém em cinco minutos ou a capacidade mental da secretária é que era pequena mesmo. Fico com a segunda opção.

Perguntei quantas pessoas ainda estavam na nossa frente. Seis. Que maravilha. Como ainda tínhamos que fazer algumas compras, mamãe e eu fomos fazê-las enquanto todas essas pessoas eram atendidas.

Ao finalizarmos as compras e voltarmos ao hospital, ainda tinham duas pessoas na nossa frente. Retirei minha revista Runners e fiquei lendo – ou tentando – enquanto não nos chamavam.

Durante a leitura, era possível escutar berros de um lado ao outro da recepção do hospital. Levantei minha cabeça pra ver o que era aquilo. Eram as recepcionistas falando umas com as outras, super alto, na maior cara de pau e falta de educação. Lembrei-me das aulas de legislação de trânsito: não podemos passar com nosso carro buzinando em frente a hospitais a fim de não perturbar os pacientes. Só não sei do que adianta não ter barulho do lado de fora, mas ter uma zorra do lado de dentro. Pra mim não faz muito nexo; talvez pro hospital, sim.

Pra completar minha indignação, as secretárias ficavam comendo no balcão. No balcão! Cadê a etiqueta nessas horas? Não tem nada pior do que ir falar com alguém na recepção e a pessoa ficar fazendo gestinhos de “pare” com as mãos para que espere a comida descer goela abaixo. Se a pessoa está com tanta fome que não pode esperar, por que não vai a um lugar reservado comer? Como alguém pode se portar de forma tão bárbara em um hospital de nível considerado superior?

Essas três situações foram suficientes para me revoltar. Mas a médica, que nos atendeu às 16h, fez questão de fechar o dia com chave de ouro ao atender a uma ligação particular na hora de consulta, levando mais 10 minutos do meu tempo.

Tem gente que ainda não sabe o perigo de deixar um cliente irado. E é porque minha consulta não era de graça. Imagina se o fosse.

2 comentários:

  1. Esse pessoal só quer ser da Costa do Marfim (exceto pelo ar-condicionado e pela parte da comida).

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  2. Estou imaginando se a consulta fosse de graça como seria, daria para até fazer um bom filme de horror. =D

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