terça-feira, 12 de outubro de 2010

Azul Linhas Aéreas - Parte I

Vim passar o feriado em Fortaleza, com minha família. Pela primeira vez voei pela Azul. O aeroporto de Porto Alegre estava um caos, a fila de embarque dava duas voltar ao redor do aeroporto (da parte interna dele, digo). A sorte era que eu tava com a Bi, uma amiga da Paraíba que também ia passar o feriado com a família, então não fiquei sozinha todo o tempo naquela fila.

Como o avião da Bi, que também ia pela azul, decolaria às 19h40 e já eram 19h25, deixaram que ela entrasse logo na sala de embarque, então fiquei o restante do tempo sozinha na fila, mas ela começou a andar mais rápido, então não foi tanto problema assim.

Chegando na sala de embarque, tinha um aviso informando que o vôo atrasaria em 40min. A bateria do meu note já tava pela metade e só tinha levado meus textos do francês pra fazer, mas já tinha me planejado para escrevê-los apenas no avião, então resolvi comprar duas revistas sobre meio-ambiente e alimentação vegana (esse meu tempo de Castelli tá me deixando meio zen...) pra ficar lendo. Ah, passei no cartão do papai, por sinal. Não que eu não tivesse dinheiro, mas resolvi passar no dele e esqueci de avisar. Esse texto foi a melhor forma que encontrei de dar o recado, já que ele só vai ler quando eu estiver bem longe! Sou esperta?

Enfim, o que eu fiz não importa muito, porque o meu objetivo nesse texto era falar sobre a Azul. Pois bem, o vôo atrasou uma hora e vinte, o cara ou esqueceu de chamar o vôo ou tinha a voz realmente muito baixa, porque um monte de gente, inclusive eu, teve que ir até o balcão para ter certeza de que era o momento de entrarmos em fila.

Depois que entramos no avião e todo mundo se acomodou, a comissária de bordo deu as boas-vindas, mas de uma forma um tanto quanto inusitada:

-Boa noite, pessoal!
-...
-Ah, eu não escutei, vocês estão muito fracos! De novo! Boa noite, pessoal!
-Boa noite!

Eu realmente não pensei que as pessoas fossem responder a isso, mas responderam. Sinal de que, apesar de toda essa seriedade e silêncio, nós ainda gostamos de coisas lúdicas. Confesso ter achado um pouco bizarro de início, mas pelo menos ela me fez rir, coisa que outras companhias aéreas não me proporcionam.

Quem me conhece sabe a cara que eu faço quando estou desgostosa com algum acontecimento e eu estava exatamente com essa feição quando entrei na azul. Afinal, era a primeira vez que viajava pela companhia e ela já estava atrasad. Isso sim me tira completamente do sério, mas essa comissária de bordo conseguiu reverter a situação, pelo menos comigo.

Quando ela foi se apresentar, citou também os nomes das outras duas comissárias e disse: “Vamos todos dar um tchauzinho pra que elas não fiquem enciumadas?”. O pior – ou melhor, o mais engraçado – de tudo era que as pessoas realmente obedeciam! E riam! A gente só via as mãos de todo mundo pro alto, dando tchau pras comissárias que mal conseguíamos ver.

Depois que todas as informações foram dadas em português, alguém falou em inglês, como de costume, mas não sei se foi a comissária. Quem falou não passou muito tempo na apresentação, mas foi o suficiente pra perceber que seu inglês era realmente muito bom. Isso sim, numa companhia aérea, é um feito très étonnant.

As opções para lanche também são diferentes. Podemos escolher entre vários snacks, inclusive integrais. Em outras companhias, o máximo que temos é a chance de escolher entre os sanduíches, isso quando eles são oferecidos.

Duas coisas que eu percebi na Azul é que eles não devem ter um POP para quando o passageiro chama um comissário, porque quando acionamos o botão e alguém vem nos atender, ao contrário do que outras companhias aéreas fazem – desligam o botão assim que chega ao passageiro – a Azul deixa o botão como está, então outro comissário acaba aparecendo depois perguntando se o cliente deseja alguma coisa, porque pensa que ele ainda não foi atendido. Pura perca de tempo para o comissário e inconveniência para o passageiro.

A outra coisa que vi e não gostei foi o uniforme. Além de ser azul e lembrar o Grêmio, ele não é elegante. Parecia que tinha tecido demais ali, como se a roupa não fosse feita sob medida e, por isso, ficasse frouxa na funcionária. Não que o uniforme tenha que ficar colado e marcando tudo, mas uma roupa ser solta é uma coisa, ser frouxa é outra completamente diferente.

No mais, foi isso mesmo. Só mais uma coisa que eles fazem de inusitado: sempre que o avião vai decolar ou aterrissar, a comissária pede para que levantemos a persiana da janela para “apreciar” a vista. Isso, obviamente, não precisa ser dito, mas o fato de alguém se preocupar com nossa vista faz com que nos sintamos mais importantes, mesmo que no fundo não passemos de um simples número de poltrona.

5 comentários:

  1. Sou fan da azul.Nunca tive atraso com eles e o q eu mais gosto é eles não usam o maldito carrinho q fica intupindo o corredor. Mas sobre os uniformes vc ta certo. São brega no extremo.

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  2. Você é muito esperta e bem humorada, quando quer, é claro. Morri de rir de tudo, acho que o atraso compensou pelo bom humor da tripulação e passageiros. Não se vê isso por ai, será que ela era cearense? Te amo!!!!

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  3. Muito facil falar dos outros comendo a comidinha quente da mamae e usando o cartaozinho do papai....

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  4. Bem, as meninas "de terra" da Azul (isto é, as funcionárias que ficam nos aeroportos) tem um uniforme bem justinho. Especialmente a saia.

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  5. que pena que a azul paga tao mal seus funcionarios, ao contrario das outras cias,infelizmente vieram ao brasil para acabar com a profissao de comissaria

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