sábado, 19 de junho de 2010

O Casamento de Nelinha

Hoje fui alugar um filme com Thai a fim de assistirmos nesse sábado a noite e desopilarmos um pouco, depois de uma semana desgastante, chegando em casa por volta das 23h da noite todos os dias por causa de projetos e coisas do gênero.

Antes de começarmos a assistir ao filme, ligamos a TV e bem na hora passava a cena de uma novela da Globo, Tempos Modernos, que não assisto porque, além de não gostar de novelas, tenho curso todos os dias nesse horário. Anyways, como qualquer outra novela, você só precisa de 10 míseros minutos para saber tudo o que aconteceu até aquele exato momento e tudo o que acontecerá dali em diante.

A cena por si só me chamou atenção. Era do casamento da Nelinha. Ela, na novela é apaixonada pelo Zeca. Eles chegaram a namorar, mas descobriram que, pasmem, ele era filho do pai dela, logo, os dois eram irmãos. Fim de namoro.

Nelinha conheceu alguém que não sei o nome, chamemos de João para que eu não tenha que ficar escrevendo “alguém que não sei o nome” o tempo todo nesse texto – se bem que eu poderia só usar o CTRL C/ CTRL V.

Enfim, no momento do casamento dela com João, antes de entrar no altar, descobriu que não era filha do pai dela ou, melhor dizendo, do cara que ela chamava de pai. Alguém conseguir não ser filha do próprio pai é uma proeza muito medonha mesmo. Se ela não era filha do cara, ela não era irmã do Zeca, que é o rapaz que ela realmente ama. Ela não sendo irmã dele faz com que os dois possam ficar juntos. Eu sou muito esperta, né? Eu sei.

Assim que descobriu, ela ficou sem saber o que fazer e chamou o noivo, que já estava no altar. Quando ele entrou na sala, ela tava chorando e falou que descobriu que Zeca não era irmão dela. A novela acabou bem na hora em que ela entra no altar para se casar com João, que a convenceu a continuar o casamento assim mesmo.

Eu, se fosse o João, jamais aceitaria casar com alguém que não me amasse, mesmo que tivesse profunda admiração por mim. É horrível saber que uma pessoa vai estar ao teu lado pra sempre, mas amando outro. Dizem que o amor pode vir com o tempo. Eu prefiro não arriscar.

Acredito, sim, que posso viver com alguém o resto da vida – e de forma feliz – sem necessariamente amar como homem, apenas como um bom amigo e companheiro, mas isso seria o mesmo que negar o amor de alguém que poderia surgir futuramente ou que já tenha surgido. Isso eu digo levando em consideração, conservadora como sou, que casamento é para sempre e não me casaria pensando que poderia me separar caso encontrasse outra pessoa a quem realmente amasse.

Bom, são apenas devaneios meus. Ninguém é obrigado a concordar com nada disso. O que queria falar mesmo quando comecei a escrever esse texto era só que se estivesse no lugar da Nelinha, não casaria. Prefiro não casar a casar sem amor.

Aí me vem aquelas pessoas dizendo “mas amor não paga as contas e nem coloca o pão na mesa”. É pra me sustentar que eu estudo, não preciso do sobrenome de ninguém para isso. Prefiro ficar solteira a casar sem amor. Aliás, prefiro ficar solteira a abrir mão de várias outras coisas que estão, inclusive, acima do amor, mesmo que isso me fizesse sofrer por toda a vida.

7 comentários:

  1. AMÉM para a parte b do último parágrafo. É isso que nos dá a certeza de que os ensinos de Deus que foram passados por nós, foram aprendidos e tem norteado sua vida. Essa é sua maior segurança. Te amo!

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  2. É isso aí, Saroca...cada vez vc se supera mais nos seus artigos. Por coincidência, eu e sua mãe estávamos lanchando na "Romana" e vi esse lance na novela; eu pensei cá comigo: "quase toda novela da Globo tem que ter uma casamento enrolado". Gostei, principalmente, o final de seu artigo. Cada vez te amo mais.

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  3. A última parte é a mais pura verdade: se não puder ficar com quem eu amo por algum motivo, quer seja ele imprescindível ou uma mera futilidade, prefiro ficar solteira. Mas isso já falei pra vocês agora a pouco...
    Beijo, lindões!

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  4. Texto bom até a última frase. Não há nada acima do amor. 1 Coríntios 13.

    bjo do mano

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  5. Saroca,

    Agora entendi o que vc quis dizer. Vc fala do amor "phileos" (afinidade com outra pessoa) e o amor "eros" (amor apanágio de um homem com uma mulher). Realmente, sobre esses dois sobrepõe-se o amor "agape", que é o amor divino, que Cristo nutre por suas ovelhas. A esse última amor nada se sobrepõe.

    bjo do mano

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  6. Sei que Deus te mandara um marido como ele mandou pra mim!! Deus vai honrar voce ta esperando por alguem escolhido por Ele. Como dizem por aqui: " God's timing is never late. It's perfect!"

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  7. Oie Sara, pois é, concordo plenamente contigo. A religão da India prega que o amor vem com o tempo, que, por sinal, a novela anterior "Caminho das Índias" "tentou" passar isso um casal la formado. Mas, eu sou apoiadora fiel do que tu disse, acredito sim, num amor que acontece, e não que surge de uma convivência forçada, como no caso da novela.

    Beijos enormes, Deus te abençõe!
    Nay

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